As armas e os bastões apontados
Que, na ocidental empresa lusitana,
Por caminhos nunca dantes cruzados
Avançaram e malharam nos privilegiados.
Em perigos e greves esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E perante os Iluminados aguentaram
O Acordo de Empresa que eles atacaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Iluminados que foram fotografando,
Os carros, o dinheiro e as negociatas viciosas
Daqui e dali andaram devastando.
E aqueles que por obras supostamente valorosas
Se vão da penúria libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar este Blog e a arte.
Falem do sábio Carochinha humano
Das trapalhadas que de seus planos resultaram;
Fale-se do Fenómeno e do Técnico Vital, pois não é mundano
O registo das ascensões que tiveram;
Que eu canto os Iluminados deste paraíso lusitano,
A quem ministros e ministérios obedeceram.
Falem de tudo o que aqui se canta,
Para mostrar que outro valor mais alto se alevanta.
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7 comentários:
Camões, filho, roi-te de inveja.
Parabéns Peter pela adaptação.
Está muito boa.
Da leitura atenta dos caprichados versos, retive a palavra “ ascensões “. As ascensões são sempre motivo de muita conversa e polémica. Da mesma forma que um fenómeno é um evento observável, também a ascensão o é.
Na empresa “ Os Privilegiados “ , depois de muito pensar entendi que os fenómenos que são conhecidos podem-se enquadrar no campo do anómalo e monstruoso. Então vejamos alguns casos curiosos:
- Os 50.000 Î que adquiriram asas e voaram para uma conta alheia – um fenómeno anómalo ( autor da proeza um Fenómeno ) e monstruoso ( pela importância movimentada );
- Fazer de um Iluminado, com o 9º ano de escolaridade, um Engenheiro credenciado, sem ter passado por uma universidade – um fenómeno anómalo ( muito comum na empresa “ Os Privilegiados” ) e monstruoso ( porque o Técnico Vital aufere muito acima daquilo que devia);
- Os 154 000,00 Î gastos na remodelação e transformação de um espaço em gabinetes – um fenómeno anómalo ( porque ainda á pouco tempo este espaço era ocupado por balneários, e posto médico, tendo-se já gasto no local milhares de euros ) e monstruoso ( pelo valor envolvido e acordado pelo Carochinha e seus chupistas );
- A intenção de despejar 1000 Lts para o rio – um fenómeno anómalo ( intenções destas só possíveis na cabeça obstruída do Carochinha ) e monstruoso ( na opinião do Minarco, um técnico colocado na gaveta pelo Carochinha );
- Os moços que de um momento para o outro, sem que nada o justificasse, passam a Subdirectores e Directores – um fenómeno anómalo ( se tivermos em conta o Fenómeno e o Navalha dois exímios incompetentes ) e monstruoso ( se tivermos em conta o passado recente dos dois: o Fenómeno que paga ajudas de custo a qualquer um; o Navalha que passava mais tempo fora da empresa do que dentro da mesma, para além das férias pagas e gozadas sempre antes das paragens );
- Na empresa “ Os Privilegiados” há um autista chamado Abdominável e um intrigista mentiroso chamado Carochinha – dois fenómenos anómalos ( se atendermos a que os dois se consideram mutuamente basbaques ) e monstruosos ( sendo os níveis de autismo e basbaquice dos mais elevados de que há memória na empresa );
- A existência de um animal E.T. na empresa “ Os Privilegiados” – é um fenómeno anómalo ( não se conhecem outros casos no mundo empresarial ! ) e monstruoso ( porque não se deve ter um animal destes, que não pertence á Terra, a comandar um Fenómeno que pagas ajudas de custo a torto e a direito aos amigos);
- Os 500.000,00 Î gastos naquele sumptuoso estabelecimento de banhos – é um fenómeno anómalo( se considerarmos que ali foi gasta tanta inteligência do Carochinha para tão pouca obra e para proveito de alguém ) e monstruoso ( quando se sabe que por metade do preço se conseguia o mesmo resultado);
- Desde 2003 que as entradas pelo método “ cunha “ têm sido cada vez mais frequentes e só para os lugares cimeiros – é um fenómeno anómalo ( quando todos sabem que os lugares não produtivos devem ser ocupados por deficientes) e monstruoso ( na verdade tem entrado, com a devida cunha, cada monstro que e a empresa mais parece um Castelo de Terror );
-O Minarco foi comido pelo Carochinha e corrido do gabinete que, desde há muito, era proprietário. O Carochinha tratou de tudo e num ápice tramou –o – é um fenómeno anómalo ( ver uma Carochinha a tratar tal mal um ambientalista da treta ) e monstruoso ( porque a expulsão teve tanto impacto que, hoje, já ninguém se lembra dessa fraca pessoa, com pés menores a 120º graus e que se escondia atrás do fio dos estores ).
Como vós vedes os fenómenos existem e muitos destes fenómenos deveriam ser inspeccionados e estudados por quem de direito. Vamos ver se dentro em breve alguém passe por aqui e veja o que deve ver, sendo diferente das inspectoras de anbiente que julgaram ter cá passado.
Até breve !
Obélix D`Or
este blog é um espetaculo.
tem comedia, drama, contos de fada, analise economica, e agora ate poesia.
continuem o bom trabalho rapazes.
Muito bem .
Desta vez o amigo das teias superou-se . Nem eu consigo dizer mal . Aliás , até acho que como na primeira edição de Os Lusíadas deveria vir mencionado " com privilegio Real " .
Continuo a aguardar uma publicação que me faça voltar à carga .
Parabéns e continuação de bom trabalho .
Judas
Se até o Judas gostou quem não gostará? Obélix foi na muche! Peter estás sempre em grande, mas desta vez excedeste-te, pela positiva claro. Continuação de um bom trabalho.
Privilegiados
Estejam a alerta, porque isto não vai com versos baratos.
Consegui infiltrar-me na organização privada do Abdominável. Este tem reunido frequentemente com os operacionais O5 : o Lesma, o Tone Furioso, o Noddy , o Cagamilhões e o Lamelas.
Malta, as coisas não andam bem ! Os operacionais do Abdominável foram chamados á pedra. Eles têm de ser ferramentas de qualidade, voltados para a redução da incompetência, para a optimização das poucas ideias que têm e deixarem de ser bufos.
O Tone Furioso não gostou e respondeu que não era assim.
O Abdominável respondeu: - que ele era o pior. Que o que ouvia no interior da organização ia contar ao outro bando de privilegiados. E, se não ouvisse nada, contava á mesma!
O Noddy retorquiu que tudo isso é uma infantilidade do Tone. O chefe não gostou e respondeu que:
- Infantil, infantil é o nome Noddy. Que já era tempo de ter um nome de homem.
Os outros nada disseram. Aliás o Cagamilhões nem tirou os olhos do livro “ Manual de Activar e Desactivar Sistemas de Alarme”.
Malta, vou ficar atento e sempre que se justifique penetro no meio deles.
Saudações privilegiadas
O Infiltrado
Mais um apontamento......
Depois de ler, com mais minúcia, falei com o meu primo e, em conjunto percebemos que, no fundo, estes versos, aludem á saudade de outros tempos e têm muito de heróico. Lembrei-me da Rainha dos Laboratórios: - a Tina Solução.
Rapariga com grande iluminação e privilégios, é hoje uma moçoila que pertence ao universo da empresa “ Os Privilegiados” .Por um acto de “cunha laranja” tornou - se a chefe dos laboratórios desta empresa.
Subalterna da sisuda e iluminada Vidália ( também, outro cromo da “ cunha laranja “ e sem grande estatística produtiva ), goza o privilégio de ter, como colega, o Técnico Vital ( o da “ cunha azul “, esse túnel de erudição em engenharia, medicina e literatura ) e ser, por incrível que pareça, chefe de três figurinhas técnicas: Casandra, Bebémião e Aquibabá . A Casandra ( aquela que fez o aprimoramento profissional ) ficou de todo ..., sem palavras; a Aquibabá fartou-se de chorar e procurou o Alibabá para lhe dar explicações sobre a sua “ cunha rosa “; O bebémião refugiou-se, com falta de ar, no espaço físico do Sombra e do Risonho. Falou, falou ... mas teve de engolir esta “mão cheia de solução”!
Esta figura, que percorre os nossos corredores, salas, elevadores e laboratórios da empresa, foi vítima de um movimento de lançamento horizontal socialmente democrata, através de uma mão amiga alaranjada, vindo a cair dentro de um espaço físico normalmente equipado por aparelhos e por vezes mal cheiroso.
Quis, a mão amiga, que a Tina Solução viesse para a empresa “ Os Privilegiados “ , partilhasse este primeiro andar do nosso majestoso edifício ( não, este não teve a mãos do Lamacento nem do Carochinha ! ) e esta sóbria saleta e com vista para um jardim que até tem um “ Ponto de Encontro “.
Sinto-me feliz, direi mesmo maravilhado, quando a vejo chegar no micracar ( não confundir com aquela espécie de carro amarelo que ás vezes aparece a estorvar os carros dos outros ).
É uma Iluminada muito bem Privilegiada
Saudações Gaulesas
Obélix e Astérix D`Or
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