segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A despedida

Alguns de vocês, caros bloggers, perguntarão, porventura, qual terá sido a real utilidade deste blog. Qual terá sido a real utilidade destas histórias de ficção.
A ficção é uma metáfora existencial. Permite-nos contar histórias sobre a condição humana. Neste caso em particular, permitiu-nos contar histórias sobre a empresa dos privilegiados.
Mas estaria eu a perder tempo ao contar estas historietas? Estariam estes contos de encantar a carecer de qualquer efeito prático? Não sei. Talvez.
Mas agora não tem faltado água quente no balneário.
Além disso, tal como disse Isaac Asimov, "as histórias de ficção, podem parecer triviais para os críticos e os filósofos mais cegos de hoje em dia, mas a essência da ficção, tornou-se crucial para a nossa salvação, se é que vamos se salvos."
Mas é chegado o momento de eu fazer um pequeno retiro espiritual. É chegado o momento de eu me afastar um pouco, e reflectir sobre tudo o que foi dito. E sobre o muito que falta dizer.
Estou cansado. Não fisicamente. Estou cansado do cinismo e da hipocrisia que grassa na empresa dos privilegiados. Do constante oportunismo de algumas pessoas. Hoje uma palmadinha nas costas, amanhã uma facada. Hoje dá jeito que me ajudes, amanhã não te quero perto de mim.
E responsabilidades? Quem as assume? É mais fácil ver um hipopótamo a saltar levemente de nenúfar em nenúfar, do que ver alguém assumir responsabilidade por algo nesta empresa!
Estou cansado.
Espero, sinceramente, ter contribuído de alguma forma para um maior conhecimento da realidade da empresa dos privilegiados.
Um bem haja para todos os bloggers que habitualmente nos visitam e até qualquer dia.

P.S.: Podem continuar a enviar os vossos comentários, se assim o desejarem, que se após a habitual verificação, se confirmar que respeitam as regras, serão, como é óbvio, publicados.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Estupidez Natural

A estupidez pode ser um dom ou não?
Eu acho que sim. Todos nós já fizemos algo de estúpido na vida, mas isso não faz de nós necessariamente estúpidos. Não.
Eu acredito piamente na existência de algo chamado estupidez natural.
Uma estupidez que nasce com algumas pessoas, logo, um dom.
Não é algo que se aprenda nos livros ou na faculdade. Não é algo que se treina e aperfeiçoa. Não. Para algumas pessoas é algo natural como respirar. Pior. Por vezes é algo mais natural que respirar, pois conseguem ser estúpidas mais vezes que aquelas que respiram.
E infelizmente, a estupidez natural é algo comum na empresa dos privilegiados. Direi mesmo que poderemos estar na presença da maior concentração de estupidez por metro quadrado de que há conhecimento!
-Lá está ele com o seu mau feitio outra vez - dirão vocês caros bloggers.
Pode ser que sim.
Pode ser que seja perfeitamente normal investir milhões numa frota de camiões e de carros a gás natural, e agora estas viaturas andarem movidas a gasolina, pois o posto de abastecimento de gás natural da empresa dos privilegiados, o qual também resultou de um avultado investimento, não funciona.
Pode ser que seja perfeitamente normal premiar constantemente a incompetência.
Pode ser que sejam perfeitamente normais todos os acontecimentos já aqui relatados neste blog.
Eu pessoalmente, prefiro acreditar na existência da estupidez natural.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Os Privilegíadas

As armas e os bastões apontados
Que, na ocidental empresa lusitana,
Por caminhos nunca dantes cruzados
Avançaram e malharam nos privilegiados.
Em perigos e greves esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E perante os Iluminados aguentaram
O Acordo de Empresa que eles atacaram;

E também as memórias gloriosas
Daqueles Iluminados que foram fotografando,
Os carros, o dinheiro e as negociatas viciosas
Daqui e dali andaram devastando.
E aqueles que por obras supostamente valorosas
Se vão da penúria libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar este Blog e a arte.

Falem do sábio Carochinha humano
Das trapalhadas que de seus planos resultaram;
Fale-se do Fenómeno e do Técnico Vital, pois não é mundano
O registo das ascensões que tiveram;
Que eu canto os Iluminados deste paraíso lusitano,
A quem ministros e ministérios obedeceram.
Falem de tudo o que aqui se canta,
Para mostrar que outro valor mais alto se alevanta.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

500000,00 €

Caros bloggers, estará de certeza ainda presente nas vossas mentes, o post intitulado 154000,00 €, publicado a 2 de Janeiro do presente ano, em que eu fazia o exercicio especulativo do que seria possivel fazer ou adquirir com tal quantia. Apesar deste post também ter como título um valor monetário, não o farei de novo. Não. Irei desta vez direito ao assunto.
500000,00 €, foi o valor aproximado que a empresa dos privilegiados pagou pela execução do edifício balneário.
Uma pechincha, especialmente tendo em conta que o edifício não é mais que um paralelepípedo em cimento, implantado em terreno que até era e é pertença da empresa.
A liderança do projecto, foi entregue a dois dos mais incompetentes, perdão, brilhantes elementos da classe dos privilegiados: O Carochinha e o Lamacento.
E não poderiam ter escolhido elementos mais incompetentes, perdão, brilhantes (lá estou eu outra vez, é por estas e por outras que dizem que tenho mau feitio).
Que culpa têm essas mentes brilhantes que tanta coisa tenha corrido mal com a execução da obra, perguntam vocês, caros bloggers?
Lá por serem eles os responsáveis, não quer dizer que tenham qualquer responsabilidade pelo sucedido.
Belo jogo de palavras. Mas não é só um jogo. É o lema da empresa dos privilegiados.
E o que é que correu mal na execução de tal obra faraónica, que faria ficar verde de inveja o próprio Quéops? ( Especialmente por estar decorada com azulejos de primeira a imitar azulejos de segunda. Muito fino.)
Pouca coisa. A saber:
- Os armários não tem a dimensão pretendida inicialmente. Supostamente o fornecedor enganou-se. Mas já que já cá estavam, deixá-los ficar e os privilegiados que se desenrasquem a guardar a roupa como puderem.
- A porta do lado limpo não abre por fora. Só por dentro. Logo a entrada no balneário terá sempre que ser efectuada pelo lado sujo.
- A entrada pelo lado sujo faz-se quando a fechadura electrónica funciona, o que não é sempre.
- No Inverno, a temperatura no interior do balneário é a ideal, mas só se formos pinguins habituados a mergulhar nas sempre quentes águas do pólo sul.
- Por falar em água quente, aí está uma coisa que já não sabemos o que é há mais de uma semana.
Não me vou alongar mais. Acho que não vale a pena. Acho que isto é o suficiente para demonstrar a incompetência, perdão, o brilhantismo do Carochinha e do Lamacento.
Mas já que falei em Quéops e obras faraónicas, partilho convosco a afirmação que Napoleão (que todos vocês já devem conhecer) proferiu quando chegou junto à grande pirâmide:
- Soldados, do alto destas pirâmides, 20 séculos de civilização vos contemplam.
No nosso caso será mais assim:
- Privilegiados, do alto deste balneário, 20 incompetentes (estou a ser simpático) vos contemplam, e continuamos a tomar banho de água fria!